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DICAS ESSENCIAIS


QUATRO DICAS ESSENCIAIS NO TREINO CANINO:

 

1- Como é que os cães aprendem?

 

Há alguns anos, as técnicas mais modernas de adestramento têm vindo a mostrar que a utilização do controle da motivação do comportamento do cão é o melhor caminho para um bom trabalho duradouro. O controle da motivação do comportamento do cão, respeita o bem-estar do cão e faz uso dos reforçadores positivos como recurso principal do adestramento. Portanto, com o uso desta técnica, o cão passa a trabalhar, não por obrigação de fazer para não receber correções e punições, e sim para receber algo que seja agradável para ele. O cão passa a utilizar as suas aptidões naturais para adquirir o reforçador que para ele é mais valioso num determinado momento e contexto.


A ciência tem demonstrado que uma das maneiras mais eficazes de se controlar e modificar o comportamento de um cão é controlando os recursos de que eles necessitam, além de mostrar as regras para se conseguir os recursos.


Desenganem-se aquelas pessoas que pensam que treinar os cães com reforços positivos, que estes somente significam biscoitos, não, os reforços positivos são qualquer elemento (recompensa) que vão fazer aumentar a probabilidade de um comportamento acontecer e quem define o valor dessa recompensa é o cão, pois para alguns cães um reforço positivo, poderá ser mais valioso se for uma bola, um brinquedo preferido, uma brincadeira com o treinador, elogios, carinhos ou a atenção do seu treinador/dono. Mas como é óbvio, o reforçador mais estimulante em determinados contextos de treino será um pedaço de comida, nomeadamente á base de carne por exemplo. Nas escolhas dos reforçadores, tudo depende das preferências de cada cão, de contextos de treino e dos diversos estímulos que o induzem ao comportamento.

 
2- Comunicação entre os cães e humanos no adestramento canino, incompatibilidades e mudanças comportamentais:

 

Os cães estão em todos os momentos a comunicarem connosco de uma forma não-verbal e nós, seres humanos, comunicamos com eles de uma forma verbal. Eis aqui uma das principais lacunas na comunicação entre cães e donos/humanos.


Enquanto para os cães a comunicação não-verbal é prioritária, sendo esta completada com sinais corporais e olfativos, para os humanos a linguagem verbal é prioritária na comunicação para com os cães, logo aqui neste facto, reside a necessidade dos donos equilibrarem a simples equação da comunicação com os seus cães, sendo esta a origem para melhorar o entendimento entre dono e cão para que se dê origem ao processo da modificação comportamental do cão no adestramento canino.


Primeiro, ensinamos aos cães o movimento que desejamos, ou seja, o sinal corporal/comportamento que nós queremos que o cão apresente. Somente depois que ele aprendeu esse movimento, a partir de comunicação não-verbal, é que vamos começar a ensinar ao cão a linguagem verbal para aquele movimento.

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A técnica para introduzir o comando verbal é utilizar o comando gestual, que ele já conhece e, posteriormente, falar a palavra ao cão para a realização do movimento, o que damos o nome de comando. Assim, vamos condicionar o cão a associar que aquele movimento que ele aprendeu deve ser executado também a partir de um comando verbal.

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Após algumas repetições, os cães já associam que aquela palavra (sinal verbal) é para realizar o movimento (sinal não verbal). Depois que passou a entender/associar que quando falamos a palavra ele emite o movimento, damos o nome a essa palavra de Comando e esta técnica é aplicável a todos os comandos no adestramento dos cães.

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3- O “Segredo” da modificação comportamental nos cães.


NUM PROCESSO DE ADESTRAMENTO CANINO E MODIFICAÇÃO COMPORTAMENTAL DO CÃO, O “SEGREDO” DA MODIFICAÇÃO DO COMPORTAMENTO NO CÃO, RESIDE NA MUDANÇA DE COMPORTAMENTO DO DONO PERANTE O SEU CÃO. ESTA É UMA EQUAÇÃO SIMPLES DE DESCOMPLICAR PARA QUE A POSTURA DE COMPORTAMENTO DO CÃO SE ALTERE.


No trabalho com cães em associações de animais abandonados, onde alguns anos da minha vida fiz voluntariado, bem como no trabalho em hotéis para cães, representou para mim como que um laboratório para o estudo do comportamento canino no uso de processos de adestramento e modificação comportamental dos cães, com patologias comportamentais graves em alguns casos, pois o comportamento dos animais é regulado em certa parte pelo sistema nervoso central e pelos órgãos sensoriais e sistema musco-esquelético, o que quer dizer que qualquer doença que interfira no funcionamento do organismo do cão vai provocar uma alteração no seu comportamento. Por estes factos é imprescindível que na consulta de avaliação comportamental, seja elaborado um diagnóstico com base na história de vida do cão (Anamnese), e que o cão seja avaliado em consulta pelo médico veterinário, para despiste de algum problema físico que possa estar na origem dos problemas comportamentais a modificar, antes do início da realização do processo de modificação comportamental. 

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4- Socialização, período crítico nesta fase de vida do cão.

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SOCIALIZAÇÃO:


Socializar não significa impor a presença do cão a outro cão ou a interação dos cães num ambiente descontrolado e sem supervisão dum profissional qualificado em comportamento canino, onde o cão se possa sentir inseguro e possam acontecer eventuais incidentes entre os cães.


Não tem que haver propriamente um contacto físico entre cães. Este processo de socialização é realizado de um modo adequado e com utilização de técnicas de treino positivas, sendo este processo realizado na ABC DOG TREINO DE CÃES por um profissional formado em Terapia Comportamental Canina.


O processo de socialização realizado de forma inconsciente ou sem conhecimento de como será o melhor procedimento na sua realização, pode criar um trauma no seu cão originando medo ao seu cão, e o medo pode manifestar-se através de vários comportamentos, como ganir, ficar rígido, mostrar os caninos, colocar a cauda entre as pernas, abocanhar ou ladrar, entre outros comportamentos mais complexos no seu tratamento como agressividade e reatividade etc... Se lhe parecer que o seu cachorro está assustado com uma pessoa, com um outro cão, situação, ruído ou outra coisa qualquer, afaste-o com calma daquilo que tiver na origem do susto ou desconforto até o seu cachorro se acalmar. Se o seu cachorro lhe parecer confortável, volte a expô-lo de forma gradual e a uma distância a que o cachorro não demonstre estar desconfortável à situação que originou o susto ou o desconforto.


A ABC DOG TREINO DE CÃES disponibiliza todos os conhecimentos necessários aos donos nesta fase crucial da vida do seu cachorro e cão adulto.


O período da socialização de um cão/cachorro acontece às três semanas de idade. Entre as 3 e 16 semanas é a fase crítica da vida do cachorro, pois todas as boas ou as más experiências vividas pelo cachorro neste período da sua vida, vai ficar vinculado na sua personalidade. Durante este período, ele deve aprender a relacionar-se com outros cães, seres humanos e ambientes, sendo que este processo deve acontecer de forma gradual e adequada. Este é o motivo pelo qual as pessoas devem levar os seus cachorros para todos os sítios.


Mas a socialização do cão é um processo que deve durar durante toda a vida do cão.


A socialização é o método eficaz para garantir uma boa educação e contribuir para a construção de um cão equilibrado desde o início da sua vida. Apresentando o cão desde cachorro a várias pessoas e animais diferentes com certa frequência, promovendo uma habituação gradual a sons e ambientes diferentes, salvaguardando sempre a saúde o bem-estar físico e emocional do cachorro, sem o expor a experiências negativas e salvaguardando o protocolo de vacinação quando exposto a outros cães que tenhamos dúvidas que não estão desparasitados ou vacinados. 


Aos donos dos cães que já tenham completado o processo total de vacinação, serão passados conhecimentos de como apresentar corretamente o seu cão a outros cães, sempre com a supervisão e avaliação do treinador da ABC DOG TREINO DE CÃES.

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DICAS PARA UM PROCESSO DE SOCIALIZAÇÃO CALMO DO SEU CACHORRO.

 

Exponha o seu cachorro ao maior número possível de experiências positivas.
 

Se o seu cachorro reagir de uma forma estranha, ou com incerteza, a uma nova situação, distraia-o, mantenha-se alegre e calmo, passe-lhe segurança e ofereça-lhe uma guloseima ou recompensa.
 

Deverá sempre permitir que o seu cachorro observe calmamente qualquer ambiente ou experiências novas, antes de o deixar participar ativamente. Forçar o seu cachorro a enfrentar novas situações, pessoas ou lugares sem lhe dar algum tempo para se ambientar e entender o que se passa pode levar a criar memórias e comportamentos negativos. 
 

Ao frequentar um espaço novo muito movimentado, por exemplo, numa praça, parque onde estiverem muitas crianças, ou cães, deixe o cachorro manter-se á distância, observar e pode oferecer-lhe um incentivo, (um elogio, biscoitos, fale com ele num tom de voz calmo, passando-lhe confiança). 
 

Quando a observação á distância não for possível, deve criar-lhe um espaço seguro perto de si, para que ele se sinta confortável e em segurança.
 

Incentive reações calmas no seu cachorro, ensine-o a reagir com calma ao defrontar-se com novas experiências ou ver algo que o possa assustar ou emocionar, recompense-o pelos bons comportamentos e transmita-lhe confiança.
 

Recompense sempre os bons comportamentos e corrija com um (Não) os maus comportamentos.
 

Se o seu cachorro estiver excessivamente excitado na interação com outro cachorro, com calma afaste-o do outro cachorro, como forma de correção e acalme-o, quando ele estiver calmo, pode deixá-lo voltar a brincar e se for preciso repetir este processo, faça-o quantas vezes for necessário, para que o seu cachorro associe que cada vez que se excede na brincadeira, esta termina até ele se acalmar.
 

Se nas brincadeiras com outros cachorros o seu cachorro demonstrar agressividade, acabe com a brincadeira, corrija-o com voz Assertiva (Firme e objetiva), mas sem gritar. Pois quanto mais agressividade lhe permitir, mais agressividade ele a vai utilizar.
 

A última dica é para que tenha muita mas muita paciência, pois o processo de socialização requer persistência, consistência e muita paciência, como em outros processos utilizados em cinotecnia.

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